Muitas vezes somos
levados a fazer comparações e buscar referências sobre quase tudo, pela média
da população, por estatística, por histórico, por exemplos estudados etc. Não é
mesmo?
Estes dias tenho
questionado muitas decisões tomadas por profissionais, onde em 95% das vezes, o
estudo só leva em conta o passado e a estatística de casos médios, de pessoas
medianas, num achismo medíocre (na significância literal do termo), para tomada
de medidas, definições e soluções de problemas, suas causas e sintomas.
Inicialmente iremos
nos ater a definição de causas e consequências ou sintomas. Já paramos para pensar
que o que achamos ser causas podem ser sintomas e vice e versa? Confuso?
Uma moléstia causa
dor, ou a dor pode causar a moléstia? em dado momento, dependendo da
circunstância e conveniência, damos o rótulo que quisermos certo?
Então vejamos: existem padrões de atuação para os mais variados assuntos, quer seja na área
das ciências exatas, humanas e biológica!
Se uma empresa passando por um determinado problema, algum especialista recorre a livros, a histórico, ao
senso comum, na busca da solução.
Se uma doença nos
acomete, o que fazemos, senão buscar um bom médico, para com sua experiência
nos tratar adequadamente para a cura?
Se as finanças não
andam lá muito bem, logo aparecerá, pelas mãos de um mágico, um palpiteiro ou
um professor, medidas de saneamento propostas.
Pois bem! E a
individualidade, o ineditismo, a singularidade, o pioneirismo e tudo que isso pode
proporcionar de variáveis? Onde ficam?
Respostas automáticas,
podem e muitas vezes trazem consequências danosas à solução do que está sendo
objeto de questionamento.
Desta forma, se
extrapolarmos ainda mais essa reflexão e chegarmos aos meandros da psicologia
humana, ao comportamento social, ou mais adiante, a alma de cada um, podemos validar
métodos ortodoxos e consagrados com garantia de sucesso?
O que funciona para
você, pode ser um desastre para o meu caso, meu temperamento, minhas convicções
etc.
Dessa maneira, quando
julgarmos alguém rasamente, por alguma atitude ou pensamento, estamos sendo
extremamente vaidosos e arrogantes, por nos acharmos profundos conhecedores dos
outros, enquanto não damos conta de conhecermos a nós mesmos minimamente.
Em que pese referências serem altamente produtivas, antes de julgarmos
qualquer situação, deveríamos conhecer a fundo....
nossa intimidade para
concluir que não somos capazes de julgar, absolutamente nada.
By Sergiones
Fortaleza, 05 de
outubro de 2021